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sábado, 28 de janeiro de 2012

" Que briga é essa ? "


Que briga é essa? Ela é Menina? Ela é Mulher? Menina ou Mulher? Menina e Mulher. Ora Menina, ora Mulher... Epa, danou-se! E então o que ela é? Um hora ela se pega nessa incansável busca de ser o que se é. Ora sendo doce menina, ora sendo fatal mulher! A menina é meiga, carinhosa, sonhadora, romântica, aquela que possui um encantamento próprio de ser... E em outras tantas a mulher é poderosa, segura, madura, cheia de confiança de si, realista, prática, condena e se vergonha de tudo que a menina é. Elas ora são amigas, ora inimigas. Elas andam de mãos dadas e em certas horas se dão bofetadas. O "ring" é duro e elas brincam de ser uma a outra. Essa troca de papéis às vezes inocente, às vezes perigosa, invade a alma das duas. E elas sabidas que são já não conseguem viver uma sem a outra. São companheiras inseparavéis. Amigas de longas datas. São semelhantes e distintas. São paz e guerra, amor e ódio, inocência e maldade, que doce contraste! Só sei de uma coisa, há quem diga que elas não irão se separar nunca! E há quem fale que um dia essa amizade acaba! Mas, mesmo assim, diante de tantos conflitos, dúvidas e certezas, elas vez em quando encontram sua trégua. Até quem sabe começar tudo de novo... rs

* Autoria Jilfrie Moraes

(Gente, achei esse texto perdido aqui, nem lembrava mais dele, foi escrito numa dessas minhas viagens quando bate a loucura de escrever...rs. Espero que gostem, deixem suas opiniões, serão sempre válidas! Grande beijo;* )

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

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" Não sei o que faço, onde fico: tenho muito medo, mas confio em Deus. E apesar do meu medo há em mim uma paz enorme que eu chamo de felicidade. "

(Caio F Abreu)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Bom dia !


Todos os dias, logo cedo dou uma piscadinha para Deus e peço: tomara que as nossas vontades coincidam. E se não coincidirem, que a Sua prevaleça.

...



" Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade… Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz… Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais. "


Martha Medeiros

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" Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também! "

Tati Bernardi

Minha cara !



"Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar..."

(Clarice Lispector)

" Mulheres ousadas "

 


Gosto, sim, de mulheres ousadas, daquelas que não têm receio de assumirem-se lindas, sexys e maravilhosas. Mulheres que sabem bem o que querem - e o que não querem! - sem se importar com conceitos antiquados ou tabus.
Mulheres de um novo tempo: o tempo delas! O tempo de elas serem tudo o que podem e o que quiserem ser, após tanto tempo de repreensão. Mulheres ousadas são, sim, mulheres que ultrapassam fronteiras, são verdadeiras agentes de transformação de uma sociedade ainda tão hipócrita.
Gosto de mulheres ousadas, por que reconheço que as mulheres têm todo o direito do mundo de assumir sua feminilidade, de aproveitarem as coisas boas da vida, e de serem imensamente felizes - até por que poucas coisas no mundo são tão belas quanto um sorriso feminino. E eu simplesmente adoro o sorriso das mulheres ousadas.

Augusto Branco

Sempre Clarice ...



"Tenho cabeça, coração e me respeito. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje, amanhã já me reinventei. Sou complexa, sou mistura. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar. Não me doo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos."

Clarice Lispector

Mas o que seria uma "mulher moderna" ?



A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...

É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...

É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...

Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Arnaldo Jabor

...




Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa..."


Tati Bernardi

" Pedaços de mulher "



(...) Quantos pedaços formam uma mulher? Tantos que ela vive inacabada.
Nossos pedaços custam a se encaixar. O epicentro do quebra-cabeça costuma ser a maternidade, um pedaço grande que precisa combinar com o pedaço da luxúria, com o pedaço da solidão e também com aquela partezinha da preguiça, que ninguém avisou que fazia parte do jogo.
Há peças variadas, que vistas separadamente, não têm nada a ver uma com a outra, mas juntas fazem o shazam. O pedaço da submissão que precisava encaixar com o pedaço da rebeldia, o pedaço da juventude que tem que encaixar com o pedaço da menopausa, um pedaço desgarrado que tem que encaixar com o imenso pedaço da nossa árvore genealógica, e vários outros pedaços aparentemente sem combinação: nossa parte homem, nossa parte criança, nossa parte louca, nossa parte santa, nossa parte lúcida, nossa parte conveniente, nossa parte viciada, e mais aquelas desgastadas pelo uso, e umas que se perderam, e outras tão pequenas que ficaram invisíveis. Como encaixar o que não se revela nem para nós mesmas?
Almadôvar filma as mulheres como se elas fossem pizzas de vários sabores. Mezzo freiras, mezzo HIV positivas. Mezzo doces, mezzo apimentadas. Mezzo dramáticas, mezzo divertidas. Almadôvar nunca fecha o quebra cabeça, apenas esparrama na tela os vários pedaços que, unidos, nos transformariam num ser único, e que, uma vez pronto, já não empolgariam ninguém.Daí a importância se haver sempre uma peça faltando, pois é isso que nos mantém acordados, assim no cinema como na vida.

Martha Medeiros